terça-feira, 18 de novembro de 2014

Ex-deputado federal, Vigão tem bens penhorados pela Justiça

Wigberto Tartuce, o Vigão, declarou um patrimônio que passava dos R$ 33 milhões
Depois de ser condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa de desvios de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o ex-deputado federal Wigberto Tartuce, o Vigão, teve os bens penhorados na Justiça. A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio da Procuradoria-Regional da União na 1ª Região (PRU1), conseguiu o resgate ao demonstrar que, mesmo sendo reconhecidamente rico, não tinha bens no próprio nome.

A investigação teve início em 2006, quando Vigão tentou se reeleger à deputado distrital, mas não conseguiu. Ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral um patrimônio que passava de R$ 33 milhões, com direito a vários carros, imóveis, aplicações financeiras e cerca de R$ 2,8 milhões em espécie. Assim, a procuradoria da AGU conseguiu comprovar que o ex-secretário de Transportes do DF usava o nome de parentes e empresas do grupo Tartuce a fim de esconder os bens pessoais. Segundo a AGU, Vigão utilizava 11 empresas e seis familiares — esposa e filhos.

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A 18ª Vara Federal do DF entendeu que os argumentos da AGU eram válidos e que as ações de Vigão caracterizam fraude à execução — uma vez que não restou patrimônio para ressarcir os cofres públicos. Assim, o magistrado mandou penhorar bens de várias empresas laranjas, dentre as quais a Rádio Atividade FM, Sigma Radiodifusão (Jovem Pan Brasília), Engecopa etc. O resgante inclui a mansão do ex-deputado, no Lago Sul, avaliada em R$ 5,4 milhões, já que ela está em nome de uma empresa do grupo.

Além do imóvel, a AGU descobriu dois carros importados de luxo — Cadillacs que valem mais de R$ 400 mil — que serviam para uso pessoal, mas estavam no nome de uma das empresas de Vigão, além do uso de pessoas jurídicas para fazer movimentações financeiras.

O empresário foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por desvios de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) quando ocupou a Secretaria de Trabalho do Distrito Federal, entre 1999 e 2000. O político responde a 19 ações de execução na Justiça Federal e deve um valor total aproximado de R$ 29 milhões ao erário.

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